domingo, 21 de dezembro de 2008

O certo...


Uma característica que estou achando bastante diferente e positiva é a sensação de liberdade que se tem em Nova York.

Na madrugada de sexta pra sábado (após fazer o boneco-de-neve), ficamos conversando na sala até umas 3 e meia da manhã. Estávamos totalmente sem sono, e resolvemos, simplesmente, sair por aí. Pegar um metrô, escolher uma estação, descer e andar...

Colocamos mais roupas pra nos proteger do frio e saímos: eu, Lorena, Victor e Bárbara. Pegamos o metrô aqui na Broadway, quase deserto, e descemos na estação perto dos ferryboats que passam perto da Estátua da Liberdade. Estava tudo vazio, apenas algumas pessoas apareciam andando de vez em quando, e poucos carros na rua também. Mas havia policiamento. Vimos carros da polícia rondando, apesar de todo o deserto.

É uma sensação muito boa a de poder sair qualquer hora para o centro da cidade sem se preocupar em ser assaltado, ou em ter seu caminho bloqueado devido a um tiroteio. Como no post sobre o deficiente no ônibus, essa sensação de respirar aliviado parece ser o jeito certo de se viver! Mas, pelo menos no Rio de Janeiro, nos acostumamos em viver quase presos, enjaulados. Muita gente pode dizer: "Ah, a violência nunca me prendeu em casa. Eu sempre saí e nunca aconteceu nada". Sim, mas isso não era pra soar como "Ah, eu sou corajoso pra cacete, vocês é que são frouxos", como sempre soa. Isso era pra ser algo normal, era pra soar como "Eu saio porque sou cidadão e sei que o Estado e a organização da cidade vai garantir minha segurança". Entendem?

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Neste dia vimos o dia amanhecer tomando um café num dos muitos Starbucks da Times Square. Foi mágico. Enquanto eu degustava o cappuccino, eu pensei (sem prepotência ou nada do tipo, nunca fui disso e quem me conhece sabe): "Putz, eu consegui, cara. Depois de anos sonhando, finalmente estou aqui". É surreal... É tudo muito sonho...



Nesta viagem descobri que vale a pena sonhar. Se colocarmos um objetivo na cabeça, não tem obstáculo que vá te impedir. Quem é meu amigo sabe que eu não tenho rios de dinheiro, sabe que eu moro numa casa boa, mas humilde, sabe que eu não sou um sheik do petróleo. Mesmo assim, planejando, dando jeitos, me dedicando e procurando soluções, eu e minha família conseguimos realizar este meu sonho.
Os obstáculos financeiros só adiam um pouco o nosso sonho, mas se você focar bastante, você VAI realizar, mais cedo ou mais tarde. No meu caso, demorou aproximadamente dez anos. Eu esperei, mas a hora chegou. Sonhe. Eu sei do que estou falando, acreditem.

Um comentário:

  1. muito feliz por vc, dane...!
    de verdade...
    me lembro da gente vendo filme e vc falando. parecia distante pacas...
    que bom que vc conseguiu e tomara que já volte com planos novos... esse papo de sonhar é verdade mesmo. eu sei.
    :)
    cris

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