terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Arabian Night




Hoje fui num restaurante árabe aqui perto. O ambiente era totalmente temático: mesas, decoração, música... Aproveitei pra experimentar o narguilé.

Narguilé (ou Hookah) é tipo uma garrafa de fumo com aroma (no caso, sabor). A gente traga como se fosse cigarro mesmo, e vem o gosto do aroma na boca. Pedimos um de maçã dupla e um de menta.

Como o blogueiro nunca fumou nada, acabou se engasgando nas primeiras vezes, mas depois pegou o jeito! Hehehe! Minhas tentativas de soltar fumaças controladas foram fracassadas, by the way.

*****

Quando entramos, veio uma moça atender a gente.

- You guys want something to drink?
- (Victor): I want a water, please.
- (Eu): No, I'm good.
Lorena tira o casaco e deixa a camisa do Brasil a mostra.
- (Moça): Ah, vocês são brasileiros???
- (Todo mundo): Porra! Hahahaha!

Depois descobrimos que o nome dela é Mayara, e também tá aqui por programa de trabalho. Como eu disse antes, é muito brasileiro, rapaziada!

sábado, 27 de dezembro de 2008

Vamos no Trade?


Vou dedicar o post de hoje às compras do dia-a-dia. Esse mercado da foto é o que eu mais frequento, Trade Fair, que fica a duas esquinas daqui.

O que eu acho mais esquisito nesse mercado é que as bebidas em geral ficam num corredor, do lado de fora. A gente pega, entra e paga. Ou então, mais estranho ainda, a gente pode fazer as compras, sair com elas, pegar o refrigerante e voltar pra pagar lá dentro. Como muita coisa nessa cidade, é muito doido!

Falando em refrigerante, aqui tem promoções do tipo "4 garrafas por 5 dólares", o que deixa eles bem baratinhos. E não estamos falando de Flexa, Paquera e afins. Estamos falando de Coca-Cola e Pepsi, rapaziada! É luxo só! Essas besteiras (refrigerante, hamburguer, enfim, coisas que engordam) todas são muito baratas, e nós somos praticamente forçados a levar tudo em muita quantidade. Por isso a taxa de obesidade dos americanos é bastante alta.

Ah, sim. Os atendentes, em sua maioria, são todos árabes.

Além de ser perto, outro fator que me agrada no Trade Fair é que eles tem uma seção só com produtos do Brasil (acho que já comentei sobre ela em algum post anterior). Muito bom, tem até a bandeira do nosso país por lá. Ontem comprei um Bono e um Negresco, hehehe!

********

E a procura por trabalho continua! Tá braaabo, rapeize!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Então é Natal, minha gente!

É Natal, rapaziada! (Sei que estou um pouco atrasado, mas tá valendo). E o que tenho pra dizer sobre o Natal dos americanos é o seguinte: eles são sádicos como ninguém.

Em todas as lojas que entramos, desde as mais chiques até as de 99 cents, tocam musiquinhas natalinas de todos os tipos, em todos os ritmos, em inglês ou espanhol. Tem pra todos os gostos.

Porém, o que a gente nota claramente nos moradores daqui é que, no fundo, eles não dão a mínima pra essa data. Quando a gente olha nas séries, nos filmes, aquelas luzes todas, pensamos: "Puxa, eles devem amar mesmo o Natal!". Balela pura, pessoal. Tudo fake. Eles nos enganam direitinho...

**************



Esse foi meu primeiro Natal longe da minha família, foi bem diferente. Até que a galera aqui de casa conseguiu fazer uma celebração legal. Na falta de Chester ou peru, compramos três frangos já prontos no mercado onde o Victor trabalha, fizeram Strogonoff aqui, arroz (sim, aqui em casa arroz é artigo de luxo!) e um mega sorvetão pra sobremesa. Até sobrou pro dia seguinte, como de lei! Na falta de rabanada, bolinho de bacalhau, tender e etc, até que nossa ceia saiu melhor que a encomenda!

Ainda rolou um inimigo oculto! (Ganhei um esmalte, por causa das unhas longas, vai entender, hahaha!)

Abraços a todos! E Feliz Navidad!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Tá acabando, seu Bush!

Tiramos essa foto numa das ruas de Manhattan (perto da 48st, se não me engano). Pessoal daqui tá doido pro Bush sair de vez! Afinal, uma placa eletrônica com a contagem regressiva para o último dia de governo de Georginho significa que a popularidade dele, realmente, já foi pro fundo do poço.

E podemos encontrar vários produtos da onda Obama, ainda. Em breve fotos!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Conversa com encanador

Hoje um encanador veio aqui em casa. Notei de cara que não era americano, era árabe, provavelmente. Alguns trechos da conversa (foi em inglês, mas vou colocar traduzida):

- E então, o senhor mora em Nova York há quanto tempo?
- Há mais de 50 anos... Tempo demais... Tempo demais...
- Nossa! É bastante tempo, mesmo... E o senhor gosta da cidade?
- Não, nunca gostei. Nunca!
- Nunca? Mas por que?
- Aqui as pessoas estão sempre reclamando! Todos mal-educados... Eu só fico porque preciso. Por causa do dinheiro.
- Entendo...
- Mas não há lugar como o nosso país. Lá nos sentimos seguros, nos sentimos incluídos, nos sentimos em casa.

- Eu sou brasileiro, até que estou gostando da cidade.
- Chegou há quanto tempo?
- Vão fazer duas semanas... Devo ficar aqui até fevereiro.
- Quando eu cheguei nos EUA, disse a mesma coisa, garoto.

- Esses dias trabalhei na casa de um lutador de jiu jitsu muito famoso do seu país, você conhece?
- Lutador famoso?
- Sim, é um magro alto! Quando a gente vê, acha que pode derrubá-lo com um tapa, de tão fraco que parece. Mas ele derrota todo mundo! Até mesmo aqueles lutadores grandões! (nessa hora, ele gesticulou bastante, parece ser bastante fã do lutador)
- É o Vanderlei Silva, não?
- Não, é um magro.
- É um Gracie, talvez?
- Sim! Sim! Gracie! Royce Gracie, isso mesmo!
- Ah, os Gracie são excelentes lutadores, é verdade...
- Ele é invencível!

E cadê os empregos?

A busca por emprego tá complicada mesmo. Pessoal querendo voltar, querendo ir pra outras cidades... Tá difícil, minha gente! Os brasileiros aqui em NY estão na caçada mais do que nunca.

Um exemplo: O Lênin saiu procurando job nos lugares hoje, e o dono de um estabelecimento disse pra ele (em inglês): "O que está havendo com o Brasil? Hoje vieram 10 brasileiros hoje procurando emprego!"

domingo, 21 de dezembro de 2008

O certo...


Uma característica que estou achando bastante diferente e positiva é a sensação de liberdade que se tem em Nova York.

Na madrugada de sexta pra sábado (após fazer o boneco-de-neve), ficamos conversando na sala até umas 3 e meia da manhã. Estávamos totalmente sem sono, e resolvemos, simplesmente, sair por aí. Pegar um metrô, escolher uma estação, descer e andar...

Colocamos mais roupas pra nos proteger do frio e saímos: eu, Lorena, Victor e Bárbara. Pegamos o metrô aqui na Broadway, quase deserto, e descemos na estação perto dos ferryboats que passam perto da Estátua da Liberdade. Estava tudo vazio, apenas algumas pessoas apareciam andando de vez em quando, e poucos carros na rua também. Mas havia policiamento. Vimos carros da polícia rondando, apesar de todo o deserto.

É uma sensação muito boa a de poder sair qualquer hora para o centro da cidade sem se preocupar em ser assaltado, ou em ter seu caminho bloqueado devido a um tiroteio. Como no post sobre o deficiente no ônibus, essa sensação de respirar aliviado parece ser o jeito certo de se viver! Mas, pelo menos no Rio de Janeiro, nos acostumamos em viver quase presos, enjaulados. Muita gente pode dizer: "Ah, a violência nunca me prendeu em casa. Eu sempre saí e nunca aconteceu nada". Sim, mas isso não era pra soar como "Ah, eu sou corajoso pra cacete, vocês é que são frouxos", como sempre soa. Isso era pra ser algo normal, era pra soar como "Eu saio porque sou cidadão e sei que o Estado e a organização da cidade vai garantir minha segurança". Entendem?

********


Neste dia vimos o dia amanhecer tomando um café num dos muitos Starbucks da Times Square. Foi mágico. Enquanto eu degustava o cappuccino, eu pensei (sem prepotência ou nada do tipo, nunca fui disso e quem me conhece sabe): "Putz, eu consegui, cara. Depois de anos sonhando, finalmente estou aqui". É surreal... É tudo muito sonho...



Nesta viagem descobri que vale a pena sonhar. Se colocarmos um objetivo na cabeça, não tem obstáculo que vá te impedir. Quem é meu amigo sabe que eu não tenho rios de dinheiro, sabe que eu moro numa casa boa, mas humilde, sabe que eu não sou um sheik do petróleo. Mesmo assim, planejando, dando jeitos, me dedicando e procurando soluções, eu e minha família conseguimos realizar este meu sonho.
Os obstáculos financeiros só adiam um pouco o nosso sonho, mas se você focar bastante, você VAI realizar, mais cedo ou mais tarde. No meu caso, demorou aproximadamente dez anos. Eu esperei, mas a hora chegou. Sonhe. Eu sei do que estou falando, acreditem.

Snowman!


Na sexta-feira, lá pra meia-noite, eu estava olhando algumas coisas na internet, já coberto e preparado pra dormir, quando o Victor (de Volta Redonda) chamou todo mundo que estava na casa pra tentar construir um daqueles famosos bonecos-de-neve. Mesmo estando no conforto do aquecedor, levantei, me enchi de todas aquelas roupas pra me proteger do frio, e fui pra rua. Eu sempre quis fazer um treco desses! Valeu a pena. O bicho ficou feio de doer: cara de mau, orelhas (sim, boneco de neve com orelhas, coisa inédita), magro... Mas foi de coração! Hehehe!

E, como sempre, rolou aquela guerra de neve que sempre garante boas risadas.

Boneco com jeitão de trombadinha brazuca, hehehe!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

É nóis no Big Piano!



Video do blogueiro no Big Piano com Victor, Lorena e Lenin, todos companheiros de apartamento... e loucos!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Um exemplo que devemos seguir

Hoje vi um super exemplo de como os americanos podem servir de exemplo às autoridades brasileiras.

Peguei um bus aqui perto de casa e, em um dos pontos, uma cadeirante estava esperando para pegar o veículo (aqui não precisa dar sinal, basta ter gente no ponto que ele pára).

Pois bem: a motorista parou o bus, foi para a parte de trás, subiu os bancos que ficam na lateral, desceu, ajudou a cadeirante a subir com seu equipamento de locomoção, acomodou ela no lugar onde antes ficavam os bancos, prendeu o cinto de segurança na cadeira e voltou a dirigir o ônibus. Ufa! E tudo isso com a maior paciência do mundo, sem tirar o sorriso do rosto um segundo sequer! Podem acreditar! Incrível... Sem dar aquelas bufadas de desaprovação, de cansaço ou atitudes do tipo.

Aliás, toda a cidade é preparada para cadeirantes. Eles têm uma liberdade difícil de se ver no nosso abandonado Brasil. Na verdade, esse é o certo. Não é nada demais, é apenas o correto a se fazer. É que a gente já está tão mal acostumado com a forma que são tratados os deficientes no Brasil, que ficamos impressionados quando eles são tratados como devem: com respeito.

Donuts!


O blogueiro trocou o casaco azul (não, não era uniforme!) e deu uma passada na Dunkin' Donuts. Eu sei que tem no Brasil também... Mas nunca tinha comido, e como aqui tem um em cada esquina, quase, resolvi experimentar. Peguei um Double Chocolate Donut... Diliça, rapaz! Já vi que vou fazer mais visitas nestes estabelecimentos.... hehe!

Obs: Foto tirada na minha rua em Astoria

I'm gonna sue you!


Finalmente ligamos a antena da TV do apê! Rapaz, esse povo americano é meio doido. Eles são apaixonados por esses programas de julgamentos! Tipo, quando a gente liga a televisão, só o que se vê são pessoas se processando. Parece que é um esporte! Esse aí do lado é o "Judge Mathis", que mais parece um rapper: "Hey, so you stole from Santa Claus? You're a really bad man, ya know?" ("Hey, então você roubou do Papai Noel? Você é um homem muito mal, saca?") - Sim, eu ouvi ele falando isso na tv hj... Os casos são bizarrooos!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Imagens do blogueiro

Times Square... Porque eu não me canso nunca de ver...


Numa rua qualquer por aí...


Ainda Times... E seu comércio super iluminado....

No mundo dos chocolates! E do audiovisual-pop-rock-tudo...

Hoje também entrei em duas lojas que não tinha ido ainda: A M&M's e a Virgin.

O legal da M&M's são os produtos que podemos comprar para dar de presente, como um que imita uma garrafa de vinho chique, só que ao invés da bebida, ela é cheia de M&M's. Fora as muitas canecas e potes personalizados, brinquedos, miniaturas dos bonecos símbolos e etc. Ah, e os tubos gigantes lotaaados de M&M's realmente dão água na boca!

Eu não conseguia parar de sorrir perto de todo esse chocolate... Não tem como...

Já longe de chocolate....


A Virgin é uma grandessíssema loja de cd's, dvd's e etc... Muitas camisas de banda, muita coisa legal dos Beatles, muita coisa legal de séries... Valeu a pena a visita. Agora só falta um emprego! Quero comprar um monte de coisa! Falta la plaata! Hahuahau! Mas em breve a gente consegue... espero.

O terceiro andar da Virgin... Digo, o terceiro de cima pra baixo, porque o resto da loja é subterrâneo.

Quadrinhos... pra todo mundo!


Hoje saí pela Times Square, só pra passear mesmo. O primeiro lugar que visitei foi a famosa loja de quadrinhos "Midtown Comics". São dois andares de quadrinhos cobrindo as paredes (além de estantes no meio da loja), e miniaturas em algumas outras partes. Quem é fã de comic books (como o blogueiro que vos fala), fica embasbacado com tanta variedade de HQ's. Justiceiro, Demolidor, Spider-Man, Simpsons, mangás em geral...

Não me contive. Tive que comprar alguma coisa! Vi as pessoas enchendo cestinhas como aquelas de supermercado, e eu sem levar nada? É ruim, hein! Gastei 6 dólares e comprei dois gibis: O primeiro número de Clone Wars (Star Wars) e um dos Simpsons. Hehehe!


Minhas últimas aquisições em NY... Lerei-os em breve! Rsrsrs!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

FAO Schwarz... Terra dos Sonhos


- Que é que foi, Chew?
- Uooohn! Uoooohn!
- Ah, sim, claro.
Cara, quando eu vejo lojas como a FAO Schwarz, eu me lembro porque tenho que arrumar um emprego pra ficar nessa cidade até Março...

Assim que a gente entra na loja, um homem vestido de "guarda de brinquedo" nos cumprimenta. E lá dentro, temos todas as variedades de brinquedos e artigos que fazem parte do mundo da imaginação. Chapéus e outras roupas de Harry Potter (incluindo gravatas das Quatro Casas), bonecos em tamanho real de Lego (incluindo Batman, Chewbacca, Darth Vader, Hagrid...), uma seção só com Playmobil, bonecos dos Simpsons... Além dos costumeiros bichos de Pelúcia e das bonecas pras gurias.

Agora, o principal. O piano gigante que aparece no filme clássico "Quero ser grande", com Tom Hanks, estava lá. Cara, é surreal. Fui com meus amigos (depois de tirar os sapatos), e ficamos como pequenas crianças pisando nas teclas, tentando tocar músicas bobas da nossa infância como "Cai, cai, balão" (sem sucesso, claro). Mas é um negócio muito mágico, pisar naquelas teclas. Aliás, aquela loja é muito mágica. É uma atmosfera que faz qualquer senhor turrão sentir vontade de virar uma criança novamente.

Ah, o cara que fica controlando as pessoas que entram para brincar no piano estava manuseando um sabre-de-luz que é a réplica do sabre usado pelo Darth Vader. Eu, como um big fan de Star Wars, TIVE que pedir pra mexer. Putz, é foda!

Outro "Ah", na FAO tem um esquema que a gente faz o nosso Muppet, tipo uma oficina. Quando eu arrumar um emprego, com certeza vou lá fazer o meu! É meio salgado o preço, mas vale a pena! Eu pedi pra brincar com um lá e... Putz, é foda! Essa loja é demais!
Esse aí? Esse aí é o cara! Parceirão, lesk...


Cacildis! É nevis!


A neve chegou, pessoal! O chão das calçadas já está branquinho, branquinho. Pela primeira vez minha bota de neve pisou na... neve!

Obs: Fazer guerra de bola de neve pode ser algo extremamente divertido!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Invasão brazuca


Hoje comi num restaurante brasileiro chamado "Copacabana". Estava precisando comer comida de verdade! Ninguém se sustenta a base de miojo e McDonald's!

Aliás, o número de brasileiros aqui me surpreende a cada dia. Não há um só dia que eu não veja gente brazuca nas ruas! Acho bacana ouvir nossa língua num país estrangeiro.

Os produtos brasileiros também estão por toda parte! Hoje fui numa loja de 99 cents (tipo as nossas de 1,99), comprar um copo (aqui em casa só tinha caneca e xícara, até então, e tomar coca-cola na xícara é brabeira). Quando virei o copo de ponta cabeça, tharan! Estava escrito "Brazil" embaixo. Num mercado aqui perto também tem uma estante só com produtos da nossa terra. Toddy, bombons Garoto, alguns temperos, tem tudo isso lá. É bom pra matar um pouco da saudade.

Um fato curioso hoje:
Quando eu estava esperando o ônibus com Victor e Lorena (foi a primeira vez que peguei um bus aqui, mas foi um trajeto pequeno) tinha um trio de jovens mulheres turistas do nosso lado. Então, apareceu um pedicab (táxi-bicicleta, como na foto abaixo) abordando as moças, perguntando em inglês cheio de gírias pra onde elas queriam ir, tentando convencê-las a deixarem ele levar elas e tal. Acontece que esse pedicab estava com a camisa do Chapolin!!! Achei supercurioso!
Depois de uns minutos de persuasão, as moças falaram que iam andando. Assim que elas foram embora, o cara soltou, em bom português paulista: "Porra! Gente barata é uma merda, mesmo!"
O cara era brazuca! Daí, ele virou pra gente e falou: "E vocês vão pra onde?"
Como ele descobriu que éramos da mesma terra dele, eu não sei, mas quando respondemos "Vamos de ônibus", ele soltou: "Putz, tão pior que elas!", e saiu pedalando sua bicicleta-táxi por New York... É muito brasileiro nessa terra, rapaz!

Clichê - parte 2


Eu, Victor (de Volta Redonda) e Lorena (de Belo Horizonte) fomos no Empire State hoje, ver até onde poderíamos subir de graça (não podíamos subir nem um degrau sem pagar, depois descobrimos) e encontramos um funcionário animado lá, distribuindo uns mapas e tal. Conversamos um pouco com ele sobre os preços e sobre como era a vista. Ele perguntou de onde éramos e respondemos que somos brasileiros. Esse clichê que vem agora foi pior que o outro. A reação do sujeito foi a fala: "Brazil?!?!? SAMBA!"

Após dizer isso, o indivíduo começou a "sambar". Foi uma cena bizarra... extremamente bizarra...

Agora só falta o "Carnival!", "Copacabana!", entre outros... Estamos no aguardo.

Vamos de Subway!


Rapaz, aqui a gente passa mais tempo no metrô do que em casa.

Exageros à parte, o subway daqui é o transporte principal. Tem muitas linhas de cores e letras bastante variadas, uma maluquice só. No Rio de Janeiro, cidade onde eu moro, só tem duas linhas: Zona Sul e Zona Norte. Não tem mistério. Errou o caminho? Vai pro outro lado da estação. Por aqui, se você errar, pode parar num canto distante da cidade. E pra voltar vai ter que pesquisar bastante e checar qual trem você deve pegar pra fazer baldeação milhões de vezes até chegar a um ponto onde você conheça. Ufa, hehehe!

O que passa aqui em casa é o N ou W, linha amarela, downtown to Astoria Boulevard. Se eu chegar numa estação que passe este bendito trem, já me sinto em casa!

Ah, e aqueles clichês de artistas nas estações de metrô também é de verdade. Em cada estação tem alguem batucando, ou dançando, ou cantando... Mas é tudo muito legal! Os caras são bons no que fazem, realmente.

Uma das muitas características do metrô daqui é que ele passa por pontes, onde podemos ver a cidade, como se ele fosse um trem mesmo. Muito legal. Agora, nessas estações suspensas é muito ruim esperar no frio. O vento dói no osso!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Imagens do blogueiro

Na Times, quarta-feira, dia da minha chegada. Em breve, vou colocando mais fotos aqui.

Tá chegando!

Hoje peguei frio de menos dois graus... As poças de água na rua já estão todas congeladas. A neve tá chegando, minha gente!
Deu na TV que vai ser a pior tempestade de neve dos últimos anos. Que maravilha, hein! A pior crise econômica, a pior tempestade de neve... Espero que não haja muito mais "piores"! O "melhor" tem que começar a aparecer também! Hehehe!

Mas tá tudo muito divertido, don't worry! A cidade é fantástica!

Nintendo World Store!

Dan feliz jogando Mario Kart. O molequinho da foto teve que esperar a vez dele, hehehe.


Eu havia programado uma "nerd tour" pra este sábado, mas acabei indo apenas em dois lugares. Primeiramente, fomos na Nintendo World Store. A loja é fantástica, é um paraíso para todos os nerds, ou para todo mundo que curte videogame. Nintendos Wii disponíveis para jogar em tudo quanto é lado, DS também (aqueles portáteis), várias camisas legais do Mário e do universo Nintendo, pelúcias e brinquedos, jogos, jogos e mais jogos... A vontade de levar tudo, que sentimos em todas as lojas de NY, nessa loja se mostra acentuada.

A segunda loja que visitei foi a super lotada Toys R Us, de brinquedos. Uma menina que mora aqui em casa trabalha lá, e havia me enchido os olhos para visitar. Fui e achei excelente. Muitos brinquedos de boa qualidade com um preço razoável. Quase eu trago duas coisas: Um capacete de um clone do Star Wars (era falante, em tamanho quase real, muito irado!) e um Iron Man todo equipado, igualmente irado! Mas a loja estava muito cheia, e eu já estava bastante cansado, deixei pra lá. Além do mais, devo visitar a FAO Schwarz em breve (aquela loja do teclado gigante no chão, do filme "Quero ser grande". Devo encontrar muitas coisas legais pra se comprar lá também.

No mais, é isso, rapaziada. Ainda falta visitar um monte de lugares, tipo a loja de M&M's, a Midtown Comics de quadrinhos, o Empire State e muitos muitos muitos outros...

Mando notícias, abraços!


Demorei pra saber que se jogava com o controle dessa forma. Mas, quando descobri, voltei a ser o velho Daniel e ganhei tudo! :D

sábado, 13 de dezembro de 2008

Starbucks


Ontem lá pra meia noite resolvemos sair pra Times Square, só pra tirar fotos lá de noite. O movimento estava mais reduzido que de dia, obviamente, mas ainda havia muita gente e muitos carros circulando. Muito mesmo. As luzes da Times à noite são impressionantes.

Aproveitamos o passeio pra entrar num Starbucks. Aliás, um detalhe que me estranhou bastante: tem muuuuuito mais Starbucks do que McDonald's por aqui! Em cada esquina a gente encontra um! Pois bem, eu nunca tinha entrado num Starbucks, e como estava frio uma bebida quente seria bastante conveniente. O ambiente da loja é agradável, como já era de se esperar. O atendimento é eficiente e tudo mais. Pedi um "Big Hot Chocolate" e fui tomando a caminho do metrô. Achei bem meia bomba. Da próxima vez, peço um Cappuccino pra ver qual é.

Uma dica: Se for sair na madruga, se prepare para esperar o metrô no frio de zero graus por mais de meia hora! Uhul!

Clichê - parte 1


Hoje, sexta-feira, eu estava com Victor (um dos moradores da casa) na frente da loja da Apple indo encontrar duas meninas brasileiras que também estão por aqui. Perguntamos a um vendedor de rua qual dos prédios ao redor era o Plaza Hotel. Ele viu que éramos turistas e perguntou: "Where are you from? (Vocês são de onde?)". Respondemos que éramos brasileiros e, no maior clichê da viagem até agora, ele falou: "BRAZIL! PELÊ!"

Inacreditável, cara. E a gente pensando que isso era apenas uma caricatura de como os gringos vêem os brasileiros...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O apartamento


O lugar onde o blogueiro que vos fala está morando nos EUA é um apê modesto, mas bastante agradável. Três quartos, uma sala espaçosa até, uma cozinha e um banheiro pequeno. Por mais que lá fora esteja um frio do caramba, aqui está sempre quente devido aos aquecedores. Muitas vezes a gente chega a sentir até mesmo calor, é uma doideira!

E viva as torneiras de água quente! É fundamental para não congelar o dedo.

Chuveiro
O chuveiro tem personalidade forte. Ele decide se você vai tomar banho ou não. A água pára de cair do nada, depois volta fria. Depois de um tempo fria, ela fica quente do nada. Mas tem dias que a gente se entende, e tudo corre na mais perfeita paz.

Vizinhança
A vizinhança é cercada por aqueles prédios pequenos de tijolinhos. Nunca vi nenhum vizinho de fato, só algumas pessoas que passam caminhando com cara séria por aqui. Ah, e as decorações de Natal são bastante bonitas de se ver também! Em breve, coloco fotos por aqui. Tem comércio perto, na rua principal. Comércio é bom para treinar o inglês. Aliás, se treina bastante o inglês pedindo informações. É quando a gente mais fala a outra língua.

Chegando em NY



Bem, começo este blog falando que a viagem até NY foi bastante cansativa. Eu sei que a gente vive pensando e sonhando em como vai ser estar no avião, como vai ser estar se aproximando cada vez mais da Big Apple... Mas depois de poucas horas de viagem, nós só queremos é que ele chegue. E logo!

Do Rio até São Paulo foi bastante rápido, mas o monitor que ficava na frente da minha poltrona travava o tempo todo! Pode parecer besta, mas uma série de filmes e programas que me distraiam durante as mais de dez horas de viagem é importante, galera! Se tivesse um desses no 267 ia ser uma boa! Em Guarulhos, consegui mudar para um lugar onde a tal tela funcionava, graças a uma mineira que viajou do meu lado - a excelentíssima e graciosíssima Natalia (beijo, Nat!). De São Paulo até NY, começamos a treinar o inglês, já que os comissários não falavam português. Foi legal treinar já na viagem, foi bastante curioso.

Finalmente desci em NY. Depois, fila para passar pelos oficiais de imigração. O engraçado é que os oficiais eram, em sua maioria, orientais e árabes. Eles estavam entupindo os viajantes de perguntas, mas quando chegou na minha vez, o coreano apenas carimbou os papéis e disse um "Neeext" com sotaque, que me deixou respirar aliviado.

Então, às 7 da manhã (10 da manhã no horário de Brasília) entrei no saguão quase vazio do aeroporto. Através das portas transparentes, eu olhava a rua. Ainda não havia caído a ficha de que eu estava em Nova York. Liguei para casa, disse que havia chegado bem, e saí para pegar um taxi para o apartamento no Queens, onde estou morando. Assim que as portas do aeroporto se abriram para que eu passasse, o frio veio como um tapa na orelha. Olhei aquela fila dos famosos táxis amarelo-cheddar, e peguei o primeiro. O taxista, obviamente, era árabe.

Quando abri a porta do carona para entrar no táxi, algo totalmente natural no Brasil, ele olhou pra mim de forma esquisita e apontou o banco de trás dizendo: "Behind!". Pensei: "Tá, né..." Sentei e informei com inglês enferrujado para onde eu queria ir. Com um inglês mais enferrujado ainda, ele perguntou: "Du iú wantiú gol tú Quíns or Burúclin?". Respondi que era Queens, ele acionou o GPS e eu resolvi nem falar mais nada - ele não estava muito pra conversa. Fiquei vendo a Taxi TV, uma televisãozinha que fica passando comerciais e notícias. Quando não olhava a TV, olhava a paisagem fria da cidade americana passando pela janela. Tudo muito diferente, e meio igual ao mesmo tempo. Tudo escrito em inglês, tudo como a gente vê nos filmes e seriados, eu meio embasbacado. Chegamos na rua e eu mesmo busquei minha mala no bagageiro do táxi, depois entrei no apartamento. Desde então, estou aqui! E vamo que vamo!