sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Chegando em NY



Bem, começo este blog falando que a viagem até NY foi bastante cansativa. Eu sei que a gente vive pensando e sonhando em como vai ser estar no avião, como vai ser estar se aproximando cada vez mais da Big Apple... Mas depois de poucas horas de viagem, nós só queremos é que ele chegue. E logo!

Do Rio até São Paulo foi bastante rápido, mas o monitor que ficava na frente da minha poltrona travava o tempo todo! Pode parecer besta, mas uma série de filmes e programas que me distraiam durante as mais de dez horas de viagem é importante, galera! Se tivesse um desses no 267 ia ser uma boa! Em Guarulhos, consegui mudar para um lugar onde a tal tela funcionava, graças a uma mineira que viajou do meu lado - a excelentíssima e graciosíssima Natalia (beijo, Nat!). De São Paulo até NY, começamos a treinar o inglês, já que os comissários não falavam português. Foi legal treinar já na viagem, foi bastante curioso.

Finalmente desci em NY. Depois, fila para passar pelos oficiais de imigração. O engraçado é que os oficiais eram, em sua maioria, orientais e árabes. Eles estavam entupindo os viajantes de perguntas, mas quando chegou na minha vez, o coreano apenas carimbou os papéis e disse um "Neeext" com sotaque, que me deixou respirar aliviado.

Então, às 7 da manhã (10 da manhã no horário de Brasília) entrei no saguão quase vazio do aeroporto. Através das portas transparentes, eu olhava a rua. Ainda não havia caído a ficha de que eu estava em Nova York. Liguei para casa, disse que havia chegado bem, e saí para pegar um taxi para o apartamento no Queens, onde estou morando. Assim que as portas do aeroporto se abriram para que eu passasse, o frio veio como um tapa na orelha. Olhei aquela fila dos famosos táxis amarelo-cheddar, e peguei o primeiro. O taxista, obviamente, era árabe.

Quando abri a porta do carona para entrar no táxi, algo totalmente natural no Brasil, ele olhou pra mim de forma esquisita e apontou o banco de trás dizendo: "Behind!". Pensei: "Tá, né..." Sentei e informei com inglês enferrujado para onde eu queria ir. Com um inglês mais enferrujado ainda, ele perguntou: "Du iú wantiú gol tú Quíns or Burúclin?". Respondi que era Queens, ele acionou o GPS e eu resolvi nem falar mais nada - ele não estava muito pra conversa. Fiquei vendo a Taxi TV, uma televisãozinha que fica passando comerciais e notícias. Quando não olhava a TV, olhava a paisagem fria da cidade americana passando pela janela. Tudo muito diferente, e meio igual ao mesmo tempo. Tudo escrito em inglês, tudo como a gente vê nos filmes e seriados, eu meio embasbacado. Chegamos na rua e eu mesmo busquei minha mala no bagageiro do táxi, depois entrei no apartamento. Desde então, estou aqui! E vamo que vamo!

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